Foto: Imagem do Google, desconheço a autoria.
Quero nascer, brotar... Abandonar este ventre onde não penetra a claridade, esta membrana que me separa do mundo e tolhe meus movimentos.
Quero sentir que foi rompido o cordão que me alimenta e me amarra a uma única fonte de vida e de esperança.
Não quero fazer parte de nada, não quero pertencer a ninguém, não quero que me escolham um nome ou que me cubram a pele. Apenas quero que me toquem com carinho, que me abracem, que me aceitem na forma exata que eu tiver.
Aqui no vazio lado de dentro, ninguém percebe as súplicas mudas espalhadas nas minhas íris lacradas. Eu só quero dizer para o mundo o quanto preciso de amor.
Quero nascer, para que me olhem nos olhos, para que me ouçam os gritos, para que eu aprenda finalmente a difícil arte de conviver.
Enquanto chuto as entranhas do meu cárcere, enquanto me falta o ar e o espaço, reviro-me em minhas ânsias e procuras, mas nada encontro além de mim.
Aqui dentro não tenho história, não tenho lembranças... Aqui existo mas não tenho vida.
Quero sentir meu corpo pulsar, quero estender minhas mãos e encontrar uma flor ou um espinho, o amor ou a dor da incerteza. Não importa...
Quero aprender a levantar, mesmo sabendo que antes eu preciso cair.
Na hora do parto beijarei a mão que me trouxer para a luz,
ainda que ela segure uma faca e faça cortes no meu mundo, ainda que me deixe na boca um certo gosto de sangue.
Quero sentir que foi rompido o cordão que me alimenta e me amarra a uma única fonte de vida e de esperança.
Não quero fazer parte de nada, não quero pertencer a ninguém, não quero que me escolham um nome ou que me cubram a pele. Apenas quero que me toquem com carinho, que me abracem, que me aceitem na forma exata que eu tiver.
Aqui no vazio lado de dentro, ninguém percebe as súplicas mudas espalhadas nas minhas íris lacradas. Eu só quero dizer para o mundo o quanto preciso de amor.
Quero nascer, para que me olhem nos olhos, para que me ouçam os gritos, para que eu aprenda finalmente a difícil arte de conviver.
Enquanto chuto as entranhas do meu cárcere, enquanto me falta o ar e o espaço, reviro-me em minhas ânsias e procuras, mas nada encontro além de mim.
Aqui dentro não tenho história, não tenho lembranças... Aqui existo mas não tenho vida.
Quero sentir meu corpo pulsar, quero estender minhas mãos e encontrar uma flor ou um espinho, o amor ou a dor da incerteza. Não importa...
Quero aprender a levantar, mesmo sabendo que antes eu preciso cair.
Na hora do parto beijarei a mão que me trouxer para a luz,
ainda que ela segure uma faca e faça cortes no meu mundo, ainda que me deixe na boca um certo gosto de sangue.
8 comentários:
Sempre intensa em suas palavras, sempre eu me sentindo em suas palavras e nos sentimentos que elas me inspiram...
As vezes acho que eu me recuso a nascer...sair para a luz!
Beijão
Nascer é bom, mesmo que, às vezes, dê vontade do aconchego do ventre.
Beijo, amiga.
fim do mundo ou inicio... , só sei que tem uma aqui que é ótima em poesias, ne Flá?
eu tbem temia e ainda tenho medo de muitas surpresas que a vida nos apronta! Afinal a vida é um mistério, só sabemos o que acontece enquanto vivemos no tempo presente!
e por fim, mais que comprovado que ninguém é de ninguém!
e mais uma semana e vamos em frente que atrás vem sempre ...gente!
beijoooooos!
Ah, amiga...tu estás escrevendo cada vez melhor. Tensão, sentimento, vida...tudo misturado.
Beijo
Tantas vezes se morre em vida, não é verdade?Nascer é inevitável.Te beijo.
vc sabe ne Flá pra gente querer ter inspiração pra algo romantico, realista..é só vir aqui e pumba...
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