Já não consigo gritar,
nem esmurrar paredes.
Como quem se acostumou à dor,
Como quem se acostumou à dor,
meu pranto não tem murmúrios;
nada além da certeza da perda
nada além da certeza da perda
e uma impotente espera
que finda em laços desfeitos
e mãos amadas soltas em adeus.
que finda em laços desfeitos
e mãos amadas soltas em adeus.
Um dia olhei a realidade de frente
e compreendi nada mais restar
que resignação com as fases da vida.
Para uma dor de tal tamanho
não há alívio ou consolo;
não há sequer forma de externá-la
neste mundo repleto de positividade.
Engulo as palavras ácidas que ouço,
temperadas com sangue e veneno;
temperadas com sangue e veneno;
recebo no corpo os fortes golpes
que me marcam e retalham a carne.
Vou ao chão e não consigo levantar;
não me restou força ou esperança,
apenas miséria e uma pessoa em pedaços.