
Sento-me na calçada, tiro os sapatos.
Olho meus pés feridos e minha fantasia rasgada...
Devem foliões se envergonhar da alegria que sentiram?
Se for breve, mas intensa, que mais lhes interessa?
A avenida colorida
e os sonhos espalhados
em confetes pelo chão
misturam-se às batidas
de um pobre coração
Minha apoteose acabou
Mas o samba eu decorei
E a fantasia eu mostrei
Com orgulho e com amor
Da minha paixão
só eu sei
e com ela sonharei
nos dias que virão
Volto pra casa agora
Amanhã volto pra vida
Fica em mim a lembrança
das cores da avenida.