domingo, 12 de setembro de 2010

Pântanos e Paisagens


Foto: Imagem do Google, desconheço a autoria.


Dos olhos que acomodam emoções indecifráveis brota o brilho que perfura a carne dos que se aproximam sem armaduras.
Dos lábios de cera que estampam largos sorrisos nasce o não frio e asséptico que destroi a alma dos que se entregam com inocência.
Das mãos seguras que não se estendem para evitar quedas ergue-se o basta que interrompe os passos vacilantes dos que procuram amparo.
Da vida exata dos que nada querem destacam-se belas paisagens da bem sucedida empreitada, encantando os que tudo perdem com imagens de perfeita totalidade.
O segredo que há nos olhos, que por vezes vertem lágrimas,
é o mesmo que cala os lábios rígidos de palavras calorosas
e também o que imobiliza as mãos vazias nas noites de inverno.
A vida secreta dos destinos perfeitos é triste, mas ninguém o sabe.
Se do velho pântano ainda brotassem as pequenas flores de outros velhos dias...

2 comentários:

Anônimo disse...

No fundo, ainda acredito, que do pântano uma flor de lôtus pode brotar.

Anônimo disse...

Sim... As flores podem nascer do impossível chão, como diria o poeta.