segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dove Stai?


Foto: Imagem do Google, desconheço a autoria.


Não te alcanço mais. Avançaste num largo caminhar.
Calçaste sapatos e eu me mantive descalça.
As pedras me maltratando e me fazendo parar...
Largaste minha mão para que eu não te atrasasse.
Tinhas pressa em seguir tua rota.
Minha mochila era pesada, me tornava lenta.
Agora, ainda que eu corra, não adianta.
Chamo-te mas não me escutas, já não me enxergas.
Os caminhos floridos de outrora, tornaram-se escuros.
Ando por lugares mal sinalizados, tentando adivinhar teus passos,
procurando atalhos, pedindo carona.
Já não sei se me esperas em algum ponto da via.
É quase certo que não.
Tuas avenidas são amplas, repletas de sol e arcos-íris.
As minhas vielas são planas, onde há chuva e borboletas inquietas.
Me canso, às vezes, de tanto andar e não aportar.
Tu me dizias que os sonhos eram possíveis.
Caminhante... Como trazê-los de volta para o caminho?

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