
Foto: Pre-Raphaelite Fineart, AI generated
Na vida, sou colecionadora.
De medos escondidos em gavetas,
segredos que dormem sob a pele,
sonhos que respiram em silêncio.
Guardo esperanças em molduras tortas,
lembranças em danças que o corpo esqueceu,
lembranças em danças que o corpo esqueceu,
canções que ecoam em cômodos vazios...
Sou feita de casas que já fui.
E esse acervo que jamais será visto,
repousa num museu esquecido pelo tempo.
Ali, tudo tem imenso valor:
tesouros moldados pela mão dos dias,
esculpidos pela ilusão de que o passado
ainda pode ser tocado sem quebrar.
E esse acervo que jamais será visto,
repousa num museu esquecido pelo tempo.
Ali, tudo tem imenso valor:
tesouros moldados pela mão dos dias,
esculpidos pela ilusão de que o passado
ainda pode ser tocado sem quebrar.
Em meio a tantas memórias,
Preservo ainda paredes em branco.
Sou curadora do que fui.
E visitante do que serei.