
Defino-me
não como alma
mas como matéria
Estrutura erguida
por sobre-humanos esforços
Creio-me carne
ossos e músculos
em engenhoso
caos de defeitos ocultos
Sou escultura genética
dotada de vida
Sou mistura de sangue
teimoso
costura de células
covardes
Sou corpo maltratado
por coração
e cérebro
que se devoram
em eterna cizânia